quarta-feira, 2 de abril de 2008

Projeto? O que é? Como se faz?


Nossa aula presencial do ESPEAD, do dia 25/03/08, tratou de projetos de aprendizagem e dos mapas conceituais. Nossa discussão partiu do texto: Projeto? O que é? Como se faz? Muitas questões foram levantadas e relatos de experiências foram trazidos. Destaco algumas idéias que me chamaram mais a atenção:
- Partimos da diferenciação entre Ensino por projetos e Aprendizagem por projetos. No ensino por projetos tudo parte das decisões do professor e o aluno apenas recebe as informações. Na aprendizagem por projetos as questões a serem pesquisadas partem da curiosidade, das dúvidas dos alunos, ou seja, eles formulam questões que tenham algum significado para eles e o professor torna-se um orientador.
- Pode haver ensino sem haver aprendizagem. Penso que quando os conteúdos são impostos pelo professor e não partem da curiosidade do aluno, isso é possível de acontecer.
-Pode-se usar como estratégia, para iniciar um projeto de aprendizagem, levantar com os alunos suas certezas provisórias e suas dúvidas temporárias. "Pesquisando, indagando, investigando, muitas dúvidas tornam-se certezas e certezas transformam-se em dúvidas..."(p.17). Acredito que esta seja uma ótima sugestão para iniciar um trabalho, numa escola, com professores que estão conhecendo o tema.
- O professor não precisa saber tudo, mas precisa saber como conduzir o processo. Na aprendizagem por projetos o professor vai aprendendo junto com os alunos.
-Percebemos em uma aula que tivemos no semestre passado como é difícil fazer perguntas. E principalmente perguntas pertinentes para um projeto de aprendizagem. Observamos crianças pequenas fazendo perguntas com muita tranquilidade. Por que quando crescemos passamos a ter esta dificuldade? Medo de se expor? Medo de errar? Assumir que não sabemos tudo? Pergunta muito importante que deve ser pensada. "Quem consegue formular com clareza um problema a ser resolvido, começa a aprender a definir as direções de sua atividade"(p.16).
O texto é muito rico e pode-se fazer muitas discussões sobre ele.
Trago aí em cima também o mapa conceitual que elaborei a partir do texto. Ao fazer meu mapa fiquei pensando que esta é uma maneira de destacar os pontos principais do texto, fazer relações e organizar as idéias relevantes. Apesar de exigir bastante tempo para leitura e organização, gostei muito de fazê-lo, pois percebi que ele é bastante útil. Na semana passada, estava lendo um outro texto para o curso de graduação em pedagogia, que faço na PUCRS, e a medida que ia lendo ja ia imaginando como seria um mapa conceitual daquele material.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Descoberta

Hoje fiquei muito feliz. Descobri uma coisa que facilitou muito a minha vida. Estou fazendo o levantamento da participação dos alunos nos 4 fóruns da interdisciplina de Ludicidade. Até então, percorria todo o fórum contando cada participação de cada aluno... isso me dava um baita trabalho, fora que as vezes me confundia e tinha que contar tudo de novo. Eis que hoje "fuçando" no rooda descobri que bem em cima do forum aparece uma caixinha onde diz Ordenar por autor. Cliquei ali e apareceu uma embaixo da outra, de forma concentrada e em ordem alfabética, todas as participações do aluno no forum. Que maravilha!!! Esta descoberta tornará minha tarefa mais rápida e eficiente.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Pensando sobre a nossa prática

Como hoje não tivemos aula na ESPEAD procurei utilizar esse tempo para estudar e me dedicar a esta postagem no portfólio.

Fiz novamente a leitura do texto “A IMPORTÂNCIA DA AÇÃO TUTORIAL NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: DISCUSSÃO DAS COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS AO TUTOR”, que está disponível na biblioteca do rooda. Neste material, os autores referem que o tutor, de maneira síncrona ou assíncrona, presencial ou a distância, deve garantir uma “qualidade comunicacional” para o emprego do material didático produzido pelo professor, além de dirigir, acompanhar e avaliar a aprendizagem dos alunos. Isso me fez pensar, mais uma vez, na importância do nosso papel com cada aluno deste curso de graduação a distância e lembrei ainda da aula que tivemos dia 13/11 na ESPEAD quando discutimos sobre nossas intervenções nas produções dos alunos. Penso que essa discussão foi bastante relevante e pertinente ao nosso trabalho no PEAD, pois acabamos refletindo sobre nossas próprias ações. Quantas vezes me vi diante de um trabalho pensando: e agora, que tipo de retorno dou a este aluno para que possa contribuir com a sua aprendizagem? Neste encontro ficou claro que não existe um modelo de intervenção, mas que nossas intervenções devem ir sendo aperfeiçoadas a medida que formos fazendo-as e refletindo sobre elas. É importante que o tutor possa tomar contato com o material, estudar, discutir com o professor aquilo que ele espera dos alunos e suas próprias dúvidas em relação ao conteúdo que está sendo trabalhado. Tenho procurado ler com atenção os textos da interdisciplina antes de começar a fazer os comentários nos trabalhos e fóruns. Isso possibilita que possamos fazer intervenções com mais qualidade, que contribuam de alguma maneira para que os alunos pensem além daquilo que produziram.

Inclusive, no dia 12/11 tive um retorno positivo da profa Neusa, com quem trabalho na interdisciplina de Ludicidade, no pólo de Alvorada, a respeito de algumas intervenções que fiz no fórum da interdisciplina: Olá, Simone. Parabenizo-te por tuas excelentes indagações acerca de nossa intencionalidade com esta atividade, ou seja, integrar os sonhos dos nossos educadores a realidade, fazê-los refletir sobre o quanto colocam em prática os seus ideais pedagógicos (ou não...). Abraços, Neusa” .

Penso que o retorno do professor em relação as nossas intervenções é bastante importante para o aperfeiçoamento do nosso trabalho e nos motiva a continuar com dedicação, responsabilidade e empenho.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Trabalhos do SIC

Na manhã do dia 24 de outubro assisti a apresentação de alguns trabalhos do Salão de iniciação científica na UFRGS. A profa Cintia, o colega Gerson e a colega Damiana estavam presentes também. Dois trabalhos tinham relação com Educação a distância:

  • “Olhares sobre o curso de Pedagogia a distância na formação de professores de EJA”, apresentado pela colega tutora Damiana Ballerini. Achei a pesquisa bastante interessante, pois trata especificamente sobre os alunos do PEAD, do pólo de Gravataí. Os participantes da pesquisa foram 4 alunos do pólo que atuam com EJA na rede pública de ensino, com carga horária de 60h semanais. Os objetivos da pesquisa são verificar as transformações ocorridas em relação às próprias práticas pedagógicas e identificar como os alunos vêem uma possível articulação entre EAD e EJA. Os alunos destacaram como dificuldades iniciais do curso do PEAD a interação a distância, o uso das tecnologias, pouco tempo para dedicar-se ao curso e a dificuldade de usar o computador na escola. Pelo que acompanhei dos alunos do Pólo de Alvorada, muitos deles também sentiram essas dificuldades. Esse trabalho me chamou a atenção para o fato de que todos os nossos alunos são adultos, trabalhadores e em geral com uma carga horária de trabalho bastante grande. Fiquei com vontade de ler mais sobre esses assuntos.
  • “Interfaces entre linguagens dinâmicas e o problema da simetria invertida: o caso do PPH” apresentado pelo aluno do curso de graduação em filosofia e bolsista José Vicente Mello. Primeiro me chamou a atenção o fato do aluno ser graduando em filosofia. Com este trabalho, descobri dois novos conceitos: PPH (Planejamento Pedagógico Hipermidiático) que é um sistema em processo, um ambiente para EAD, tipo o Rooda e o Moodle. O outro conceito foi o de simetria invertida. Segundo Vicente a formação do professor é simetricamente invertida à sua atuação profissional, no sentido de que é vivenciando o papel de aluno que ele aprende a ser professor, através de propostas que envolvem cooperação, participação e meta-reflexão. Esses ambiente virtuais, como o Rooda utilizado no PEAD, possibilitam a interação entre professores e alunos de diferentes lugares, em diferentes momentos, trabalhando cooperativamente. Fiquei curiosa para conhecer um pouco mais do PPH, mas o site indicado www.ufrgs.br/pph só pode ser acessado por quem tem senha e usuário.

Achei que os trabalhos, de maneira geral, foram bons, mas como foi pouco tempo para cada um apresentar, senti vontade de saber mais sobre cada pesquisa. Acredito que eles poderiam ter aberto para perguntas para quem estava assistindo, pois as perguntas se restringiram a banca. Percebi que a banca (profas da educação da ufrgs) estava pouco informada sobre a EAD e ainda com alguns preconceitos.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Iniciando as postagens


Achei interessante começar o meu portfólio com algumas idéias sobre este recurso. Estava lendo na internet o artigo: "Portfólio: conceito e construção"* e destaquei dois parágrafos significativos:

"Na última década, o saber acumulado e repetitivo do conteúdo de material didático, simplesmente transferido pelo professor e completamente descontextualizado de informação, tem sido substituído pela concepção de uma proposta atual de educação que propicie uma avaliação da aprendizagem e esteja em consonância com as finalidades educativas, considerando-se a importância de não se confundir a avaliação com mensuração de conteúdos e, conseqüentemente, a aprovação (HERNANDEZ, 2000).

Dessa forma, diferentemente de checar o que e quanto o aluno aprendeu, essas concepções atuais buscam o sentido das aprendizagens para aquele que aprende, trabalhando com diferentes linguagens para a construção efetiva do conhecimento. Um texto escrito, um texto visual, uma obra artística, um conto ou uma poesia são linguagens que articuladas, expressam idéias, expressam conhecimento. E qual seria, então o instrumento de avaliação coerente com esse processo de aprender? Com certeza não poderia ser um instrumento de mensuração que pontuasse resultados, mas sim um instrumento que desse espaço à criatividade, à construção e que registrasse o percurso desse processo de construção do saber.
O Portfólio é esse instrumento que reflete a trajetória desse saber construído. Também possibilita aos alunos e professores uma compreensão maior do que foi ensinado (VIEIRA, 2002)."

Espero que este seja um espaço de registro de muitas aprendizagens!

*Artigo disponível em: http://www.uniube.br/institucional/biblioteca/arquivos/portfolio_biblioteca
_uniube.pdf